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03.03.2016 | O que o esporte ensina ao mundo corporativo?


Neste ano em que teremos as Olimpíadas em nosso país, fica praticamente impossível não observar à determinação e foco que alguns atletas de alto nível demonstram para alcançar o objetivo de conquistar a tão sonhada Medalha Olímpica, obviamente que todo o esforço se faz com a preparação adequada e muita disciplina.

Como profissionais nas áreas corporativas, nós nos perguntamos muitas vezes, como podemos fazer para que nossa equipe ou que alguns integrantes dela se destaquem e empenhem-se como estes atletas? Como podemos fazer um paralelo entre a garra dos esportistas e a necessidade de cada vez mais melhorarmos nossos resultados? Será que isso realmente é possível? Para responder estes questionamentos, convidamos o Professor de Educação Física e Ex-atleta de Taekwondo Robson Monteiro Inglês para falar um pouco deste assunto que tanto nos fascina, quanto nos faz refletir sobre nosso potencial.

Para o Professor Robson seja no esporte ou no mundo dos negócios, quem não se prepara para ser o primeiro colocado, acaba sendo atropelado pela concorrência. Para ter excelência em uma atividade, precisamos abrir mão de muitas coisas, como, momentos com a família, amigos, tempo de descanso ou lazer, complementa Robson. 

Questionamos o especialista sobre quais exemplos de atletas renomados que podem evidenciar sua colocação anterior. Sua primeira resposta fala sobre a Tenista Maria Esther Bueno, a qual em seu ponto de vista tem uma história fantástica de perseverança, disciplina e amor pelo seu trabalho, pois a mesma passou por grandes obstáculos em sua carreira como, falta de patrocínio, pouca estrutura para treinar e lesões, mas sempre procurou dar a solução para os problemas e não somente enxergá-los como dificuldades, explica Robson.

Ele também citou o exemplo da ex-jogadora de basquete Hortência, a qual tinha uma verdadeira obsessão em ser melhor que a sua principal concorrente, a Paula, Robson Inglês comentou que a Hortência chegou a admitir que a sua “rival” Paula foi extremamente importante na sua carreira exatamente porque esta disputa fez com que ela evoluísse mais a cada dia. Ele ressalta também que mesmo com esta grande concorrência entre as duas atletas, isso jamais atrapalhou o bom andamento e parceria das duas durante os jogos da seleção brasileira, o que em seu ponto de vista é atitude valiosa e deve ser copiada nas empresas, onde os principais talentos devem se unir em prol de um objetivo em comum.

Rosbon começou a praticar o Taekwondo em 1995, inicialmente para aprender técnicas de defesa pessoal e acabou tendo uma grande identificação com o esporte, mais tarde ele se tornou Vice-campeão Mundial, Campeão Pan-americano, Campeão Brasileiro, entre outros importantes feitos, como o Desafio dos 18 mil abdominais para divulgação do seu esporte. Hoje ele continua praticando esporte e ministra palestras sobre feitos de grandes atletas, sempre comparando com a atividade corporativa reforçando os exemplos a serem seguidos.

Para encerrar o nosso bate papo com Robson o mesmo cita que muito mais que chegar ao lugar mais alto do pódio, os exemplos do esporte são inúmeros e podem ser referência em nossa vida pessoal e profissional, ele lembra que em 1984 a suíça Gabrielle Anderssen competia na maratona das Olimpíadas de Los Angeles e chegou na 37ª posição, 20 minutos depois da primeira colocada, mas como ela já tinha 39 anos de idade e sabia que aquela seria sua última chance de participar de uma olimpíada, fez um esforço descomunal para cruzar a linha de chegada e isso ficou gravado como o fato mais marcante daquela Olimpíada. Robson compara este esforço com a nossa atividade diária, pois para melhorarmos nossos resultados, por maiores que sejam os obstáculos temos que fazer o máximo para cruzar a linha de chegada, nem que para isso precisemos tirar forças as quais não sabíamos que tínhamos.

 

Outro exemplo lembrado pelo Professor é o corredor Vanderlei Cordeiro de Lima que também mostrou um enorme espírito esportivo nas Olimpíadas de Atenas em 2004, quando no km 35 (faltando apenas 6 km para o final da prova) foi atacado por um espectador, exatamente quando estava na liderança e acabou perdendo preciosos segundos. Mesmo ele chegando em terceiro lugar mostrou grande alegria e esportividade pela conquista da medalha de Bronze, sem mostrar rancor pelo fato ocorrido. Robson destaca que a atitude positiva sempre gera bons frutos e que os contra tempos que acontecem em nossa vida não podem ofuscar o brilho de um trabalho feito com muito esforço, afinal como ele diz, a busca do sucesso exige renúncia.